A cutia, é um roedor pertencente à família Dasyproctidae, com distribuição geográfica restrita ao continente americano e que se alimentam de sementes, folhas, frutas e invertebrados e vem sendo algo de estudos por seu papel no ecossistema e capacidade zootécnica. O objetivo do presente trabalho é descrever a distribuição dos ramos colaterais da artéria aorta abdominal da cutia (Dasyprocta leporina). Para a realização do trabalho foram utilizadas cinco cutias de ambos os sexos provenientes do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da universidade Federal Rural do Semi-Árido (CEMAS/UFERSA), com utilização autorizada pela CEUA (Processo No. 23,091.005467/2013-01). Foi realizado o protocolo anestésico com cloridrato de cetamina (12 mg.kg-1) e cloridrato de xilazina (2 mg.kg-1) e, após atingir um plano anestésico seguro, utilizou-se propofol (8 mg.kg-1). Atingindo o 3º plano anestésico, administrou-se cloreto de potássio (1 ml.kg-1) para eutanásia. Após confirmado o óbito do animal, realizou-se uma incisão longitudinal no esterno até expor a artéria aorta torácica, a qual foi canulada e injetado látex Neoprene 450® corado com pigmento amarelo. Após injeção de látex as amostras foram fixadas em solução aquosa de formaldeído tamponado a 10%. Dessa forma, foi possível visualiza que a aorta abdominal surge após atravessar o hiato aórtico do diafragma e os seus ramos colaterais viscerais diretos foram: a artéria celíaca, artéria mesentérica cranial, artérias renais e mesentérica caudal. O primeiro ramo colateral emitido foi a artéria celíaca, artéria ímpar e de grosso calibre, que surgiu ventralmente e emitiu os ramos correspondentes a artéria gástrica esquerda, artéria hepática e artéria esplênica, que irrigavam com seus ramos o estômago e omento, o fígado e parte do duodeno e pâncreas, respectivamente. O segundo ramo colateral foi a artéria mesentérica cranial, que se originou ventralmente da aorta abdominal a pouco mais de um centímetro caudal à artéria celíaca e lançou ramos que irrigaram parte do duodeno e pâncreas, jejuno e íleo, ceco e parte do cólon. Em todos os exemplares, esta artéria apresentou-se como um vaso ímpar e de calibre maior que a artéria celíaca. Após um curto trajeto, a aorta abdominal emitiu lateralmente as artérias renais direita e esquerda, sendo o vaso direito originado sempre mais cranial que o esquerdo. Próximo a entrada da cavidade pélvica, a aorta abdominal emitiu ventralmente um vaso de médio a fino calibre, a artéria mesentérica caudal. A aorta abdominal na entrada da cavidade pélvica emitiu dorsocaudalmente seu último ramo colateral, a artéria sacral mediana, e a seguir bifurcou-se em dois ramos terminais, as artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Cada artéria ilíaca comum emitiu mediocaudalmente a artéria ilíaca interna, continuando-se como artéria ilíaca externa. Sendo assim, é possível notar que os ramos colaterais viscerais diretos da aorta abdominal são as artérias celíaca, mesentérica cranial, renal, e mesentérica caudal e esse padrão se repete no veado-catingueiro, nutria e coelho.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas